fran duarte

 

cartas e poesias de amor



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A SOLIDÃO DE UM IDOSO
_Eu tinha bens material gastei,eu tinha amizade não as mereci,eu tinha família não conservei,eu tinha amor e não amei;Hoje sozinho no auge da minha velhice sento na porta da minha casinha quase   destruída pelo tempo, fico olhando até os confins da estrada esperando que ela traga de volta aqueles que um dia, por essa mesma estrada se afastaram de mim.
Talvez por minha culpa tão somente minha que não entendi o quanto precisavam da minha compreensão de pai ,amigo mas não tinha tempo para um carinho um afago ou mesmo um elogio quando tiravam dez na escola.Sem falar na minha esposa, pobre dela! Nem uma palavra de consolo,um gesto de companheirismo ,um abraço,só desprezo e arrogância ou mesmo um agradecimento por me aguentar e ainda cuidar de tudo sem reclamar.Mas naquele tempo que eu estava no esplendor da minha juventude, não parava para pensar que um dia eu estaria,sem forças sem coragem,sem vontade de viver e tão sozinho com as minhas lembranças,lagrimas que caim dos meus olhos me dizem quanto tempo eu estou aqui sentado; talvez uma hora ou um dia mas o que importa não a mais chance para arrependimento agora só resta esperar que quem sabe um filho se lembre de mim mesmo que não fui um bom pai ainda assim me traga um abraço, uma visita ou talvez traga meu neto para me conhecer,meu"DEUS"como doe o meu coração,ele sangra por dentro,cheio de sofrimento,eu era feliz e não sabia se eu pudesse volta no tempo,tempo...tempo é o que eu não tenho mais!
fran duarte
Enviado por fran duarte em 24/02/2015
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